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Neste artigo aborda-se a problemática do ingresso e a permanência nos estudos superiores, e se indaga acerca das ocorridas na dimensão do horizonte temporário durante uma experiência de ingresso a uma universidade pública. Para jovens de setores populares, a universidade, com a frequência, não representa um horizonte possível. Agora, quando esta se constitui em uma alternativa de vida, constatamos que em um tramo inicial das carreiras de grau se produzem desencontros entre expectativas socialmente construídas e as condições concretas de acesso ao meio universitário. Neste caso, examinaremos estes desencontros em um caso singular, a partir da observação de como se modificam processualmente a percepção da universidade, o conhecimento, a escola e o trabalho; analisaremos entrevistas em profundidade realizadas ao longo de um ano à Paula, uma jovem proveniente de uma escola pública da cidade de Córdoba que empreende o ingresso à Universidade Nacional de Córdoba (UNC). Com respeito a isso, nos perguntamos: quais efeitos produz uma experiência de “inclusão - excludente” na construção do horizonte temporário?