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O oócito, no momento da ovulação, encontra-se circundado pela zona pelúcida (ZP), e mais externamente pela corona radiata e por células do cumulus oophorus, que são impregnadas com progesterona e são capazes de desencadear o estímulo para a reação acrossomal em uma pequena população de espermatozoides que possuam o receptor para este hormônio. O espermatozoide precisa atravessar o cumulus oophorus e as células foliculares da corona radiata para que possa atingir a ZP e, assim, interagir com o oócito previamente a penetração. A penetração da ZP é um dos processos vitais da fecundação, desta maneira, espermatozoides incapazes de reconhecer e se ligar as glicoproteínas da ZP não obtém êxito na fecundação. O reconhecimento do gameta e as próximas interações são realizadas por ligações (proteínacarboidrato) com os receptores da ZP, que ativam o sinal para a exocitose acrossomal por reações de fosforilação/desfosforilação. A interação entre a estrutura da ZP e o espermatozoide capacitado, conjuntamente à apresentação das cadeias de oligossacarídeos pode iniciar a formação de um complexo receptor multimérico dentro da membrana espermática, mediada por íons cálcio. A esse complexo, são agregadas moléculas sinalizadoras que ativam a cascata da reação acrossômica, levando assim à penetração da zona pelúcida, a fusão com o oócito e, na sequência, a fecundação.