##article.abstract##
Realizou-se um estudo seroepidemiológico, desde maio a julho de 2003, num criador de cães de Huesca (Nordeste de Espanha), para avaliar o título de anticorpos (Acs) anti-leptospira (LPT). Testaram-se 207 cães das raças Golden Retriver (GR), Labrador Retriever (LR) e Cão de Montanha dos Pirinéus (PM): 80 adultos e 127 cachorros. Recolheram-se amostras sequenciais de soro em cachorros: às 6 semanas de idade (D0), às 8 semanas de idade (D1, primeira vacinação LPT); às 10 ou 12 semanas (D2, segunda vacinação); e, por último, após 2-4 semanas após a extração anterior (D3, terceira vacinação). Todas as vacinas eram polivalentes. Os cães adultos eram vacinados anualmente, em abril, com uma vacina polivalente, sendo o soro extraído em julho. Utilizou-se a técnica ELISA para detectar Acs IgG anti-LPT. Os resultados analisaramse estatisticamente recorrendo ao programa Epi-Info™. A média de título de Acs dos adultos (7.7 Log2, 1/208) era superior à dos cachorros (5.6 Log2, 1/49), (p = 0.0000). Encontrou-se uma associação entre o género e o título de Acs (p ≤ 0.05), sendo este mais elevado em fêmeas adultas. Nos cachorros, o momento da extração estava associado a diferenças no título de Acs (p ≤ 0.05). Entre as 6 e as 8 semanas de idade, observou-se um ligeiro aumento do título de Acs nos animais não vacinados: é possível que os cachorros tenham estado em contacto com leptospirose presente no ambiente. Após a vacinação, observou-se uma seroconversão parcial. A raça GR mostrou uma melhor resposta à vacinação.