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A leptospirose é considerada uma doença ocupacional, e no campo da medicina veterinária as pessoas em risco são aquelas que estão em constante contato com animais infectados que atuam como reservórios. Por isso, o objetivo do estudo foi determinar a taxa de sororeatores à Leptospira sp. e quantificar o risco de infecção entre os profissionais que trabalham em contato direto com animais de companhia em comparação com os que não têm contato direto com estes dentro de suas atividades em consultórios ou clínicas veterinárias. Para o estudo, foram coletadas 287 mostras de soro de pessoas que trabalham em clínicas e consultórios veterinários, com e sem exposição direta aos animais (143 expostos e 142 não expostos). Mediante o teste de microaglutinação descobriu-se que 9,1% (13/143) de expostos e 0,7% (1/144) de não expostos resultaram soropositivos. Os sorovares reativos foram varillal, panama e ballum para expostos, e no grupo de profissionais não expostos foi encontrado somente um sororeator múltiplo aos sorovares australis, copenhageni e wolfii. A análise por regressão logística mostrou que a exposição pela prática veterinária tem um odds ratio de 13,31 (IC 95%: 1,43-124,08); da mesma forma, a presença de roedores intradomiciliares obteve um odds ratio de 8,70 (IC 95%: 1,83-41,26), encontrando-se diferença estatística para ambos os fatores de risco.