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Este artigo pretende entender o papel que as políticas sociais desempenham na reprodução social dos habitantes de um bairro da Grande Buenos Aires, a partir das condições de vida de seus habitantes. Uma caracterização que se encontra hoje generalizada propõe que as condições de vida desta população e, por isso, seus problemas, são explicador pela ausência do Estado e, de acordo com isto, se deveria pensar que sua presença resolveria estes problemas. Ao distanciar-se desta caracterização, a tese que aqui se desenvolve é que o Estado não está ausente (nem nunca esteve); que a magnitude de sua presença é consequência dos problemas na reprodução da vida que possuem estes sujeitos, próprios da forma que adota a acumulação de capital na Argentina, e que sua presença não pode resolvê-los porque a razão está noutro parte: no lugar que estes sujeitos ocupam no processo de reprodução social. Este último ponto constitui-se como eixo do presente artigo.