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O artigo foi elaborado a partir de resultados de uma pesquisa orientada a compreender os processos de constituição das identidades pessoais de meninas, meninos e jovens desvinculados do conflito armado. A indagação se realizou sobre um corpus de relatos de oito jovens ex-combatentes (quatro homens e quatro mulheres), sobre suas histórias de vida. Pesquisou-se em clave de trabalho social, com isso, procurou-se compreender com responsabilidade social. Isso implica compromisso com a identificação de elementos orientadores, tanto para política pública como para processos de intervenção derivados desta. Concluiuse que na constituição de suas identidades, a busca de poder e de reconhecimento cumpre um papel de primeira ordem, ligado a condições de existência que têm marcado a sua história social e tem propiciado o recrutamento forçado e precoce de meninas, meninos e jovens. Neste artigo estão situados os impactos do conflito armado sobre a população civil; se identificam infância e adolescência, entre as populações mais afetadas; se enfatiza no recrutamento forçado, de meninas, meninos e jovens, e se reflexiona acerca da responsabilidade do trabalho social, em perspectiva de prevenção, reparação integral e desfrute efetivo dos direitos.