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A criação e consolidação do Estado de bem-estar tem sido uma das grandes referências na luta contra as desigualdades. Seus pilares, baseados na coesão social, as políticas redistributivas e a solidariedade, assumiram o acesso universal e gratuito à sanidade e à educação, assim como toda uma rede de serviços sociais que têm atendido às necessidades básicas das pessoas e das famílias, com equidade e igualdade de oportunidades como princípios. Porém, a crise global está socavando os princípios e pilares do Estado de bem-estar, fenômeno que não é novo, porque desde a criação do modelo as correntes ideológicas neoliberais têm tentado desgastá-lo. Atualmente as políticas sociais se encontram questionadas e as medidas de recortes e ajustes que estão sendo desenvolvidas em numerosos países europeus retrocedem nos avanços conquistados pelas políticas públicas. Dentro deste contexto, o trabalho social desempenha uma função determinante, já que seus desafios aumentam e se tornam complexos.